A lesão mais comum no membro pélvico dos cães é a ruptura do ligamento cruzado cranial, também conhecida como insuficiência do ligamento cruzado cranial. Quando esse ligamento está danificado, o cão manca, pois a articulação se torna instável e a tíbia desliza para frente em relação ao fêmur, causando uma rotação interna excessiva.
Muitos cães com ruptura do ligamento apresentam dificuldade de movimentação do membro, caminhando com passos cautelosos ou pisando de forma irregular.
O diagnóstico da ruptura do ligamento cruzado cranial pode ser feito através do teste de gaveta cranial ou do teste de compressão tibial. Em alguns casos, também é possível confirmar o diagnóstico por meio de radiografias, que mostram o deslocamento anormal da tíbia em relação ao fêmur.
Nesses casos, a estabilização cirúrgica da articulação do joelho é necessária para restaurar a função do membro, aliviar a dor e o desconforto, além de prevenir a progressão do processo degenerativo na articulação.
Uma das técnicas utilizadas para estabilizar a articulação é a TPLO (osteotomia de nivelamento da placa tibial). Essa técnica consiste em alterar o ângulo da tíbia em relação ao fêmur. O objetivo da cirurgia é reduzir o deslocamento da tíbia para frente durante a locomoção do cão.
Antes da cirurgia de TPLO, é realizado um cálculo do ângulo do platô tibial com base em radiografias tiradas em uma posição adequada. Após a osteotomia (corte semicircular do osso), a placa é girada e fixada em uma nova posição, resultando em um ângulo de aproximadamente 5 graus.